O quê? Pra quê? Por quê? Como?

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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Do Senso Comum ao Senso Crítico - O caminho da Filosofia

Bem, meus caros, esses textos abaixo, cada um a sua forma, contribuem para que nós compreendamos melhor a natureza do pensamento filosófico. Eles estão dispostos de forma a que você perceba o quanto a Filosofia é algo vivo e necessário ao cotidiano. No entanto, em nosso contexto social e político, há muitas barreiras que são interpostas ao movimento da reflexão filosófica. Para estudar Filosofia com profundidade, é importante que nós saibamos detectar, no nosso cotidiano, os movimentos que nos engessam a capacidade de pensar. Sem isso, não é possível filosofar, e nem muito menos passar no vestibular. Ao conjunto desses movimentos a Filosofia chama de Senso Comum ou dogmatismo. A reflexão filosófica se predispõe a superar essas amarras que nos impedem de ser ativamente críticos.

No primeiro texto, "Como funciona o Senso Comum?", mostramos as duas dimensões dogmáticas do Senso Comum: a epistemológica, que nos impede de conhecer as coisas e a vida numa perspectiva mais ampla, menos parcial, e a política, que faz com que sejamos controlados sem saber, assim como um ventríloco que não tem consciência de que seus movimentos não são autônomos.

No segundo, "A complicada arte de ver", Rubem Alves nos faz pensar sobre como vemos as coisas. Para ele, ver é muito mais do que um ato apenas do olho, de formação de uma imagem como um efeito apenas ótico. Nós também damos sentidos a essas imagens a partir do que aprendemos e vivemos. Para ele, então, assim como para a Filosofia, é essencial ampliarmos o olhar, multiplicarmos nossos pontos de vista.

Em "Pensar é transgredir", Lya Luft nos convida a refletir sobre como o pensamento precisa da liberdade, e o quanto a construção desta liberdade está associada à capacidade de nos reinventarmos. Para ela, não podemos apenas satisfazer o que esperam de nós. Precisamos transgredir algumas amarras sociais para construirmos essa autonomia.

Em seguida, no texto "Qual é o problema?", Stephen Kanitz faz uma reflexão a cerca da importância da pergunta para o processo de conhecimento. A partir da experiência narrada, Kanitz nos mostra por que perguntar-se é a unica maneira de pensar por si próprio.

Logo depois temos dois textos que falam sobre a filosofia, mas, desta vez, de uma forma mais acadêmica: "A Filosofia", que é resultado da compilação dos textos que estão na bibliografia, e "Pra que Filosofia?", um resumo que fiz do 1º Capítulo do livro "Convite à Filosofia", de Marilena Chauí. Esta autora é uma importante referência filosófica no Brasil. Tem que ler... Os dois textos são muito importantes, pois servem para arrumar essas impressões iniciais e auxiliar na formulação de conceitos.

Combinem a leitura destes textos com a do "Mito da Caverna", do Platão, cujo link ao lado possui o texto na ítegra e um comentário, e assista o primeiro vídeo da Série "Ser ou Não-Ser", apresentado pela filósofa Viviane Mosé (link também aqui no Dona Philó). Para finalizar, termine o estudo desta primeira parte com as definições de Filosofia feitas por diversos pensadores, que estão no final desta série de textos.

É essencial que você faça este percurso. Nosso tempo de aula é curto e, por isso, precisa ser complementado. Uma boa estratégia de estudo é, após cada leitura, sublinhar uma ou duas frases que você considere centrais no texto lido, e se perguntar o porquê delas. Responda a esses porquês com objetividade (em torno de 5 linhas). Assim você vai dando solidez a sua preparação.

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